Tecnicamente, Sem Destino traz como diferencial a rápida contraposição de imagens, em especial com o intuito de evidenciar as experiências lisérgicas da dupla Capitão América (Fonda) e Billy (Hopper), tendo seu auge próximo ao desfecho do filme, onde diversas cenas da dupla junto a duas garotas de programa são entrecortadas com cenas de passagens e natureza, numa sacada criativa por parte de Hopper, diretor do filme (apesar de hoje soar um pouco datada). Vale destacar também a excelente trilha-sonora, que marca de imediato e contextualiza o filme de maneira orgânica à época em que foi concebido, transformando-o assim numa antítese, visto que ao mesmo tempo que mantém na obra um certo frescor, a deixa datada aquela época "grandiloquente" e "louca" da história recente.
Apesar de não ter um roteiro exemplar e inovador, visto que o grande valor da obra não reside no argumento, mas sim na temática e no desapego por ela mostrado, Sem Destino talvez seja o road-movie mais conhecido da história do cinema, transformou-se num filme referência, marcou época, conquistou seguidores e, mais do que tudo, serviu de exemplo para toda uma nova geração de filmes e cineastas que viriam com o caminhar da década de 1970. Vencedor do prêmio de melhor direção para um jovem diretor, este filme mantém-se relevante e interessante, mesmo após mais de 40 anos de existência. Parafraseando a música mais conhecida da trilha-sonora do longa, Sem Destino "nasceu para ser selvagem".
AVALIAÇÃO: 7 de 10.
Trailer:
Mais informações:
Sem Destino
Bilheteria: Box Office Mojo
IMDb - Internet Movie Database:
- Dennis Hopper - Diretor, ator e co-roteirista
- Terry Southern - Co-roteirista
- Peter Fonda - Co-roteirista, produtor e ator
- Jack Nicholson
- Bert Schneider - Produtor-executivo
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