"Ele é uma força da natureza" (Livre tradução da frase disposta no poster do filme).
Geralmente os filmes produzidos pelos estúdios Disney não são dos mais corajosos e inovadores, como também não deixam de lado a marca (mácula para uns poucos) de moralismo, inspiração e quê de autoajuda. Em compensação, a magia externalizada por suas obras certamente é um diferencial e, mesmo que vez ou outra o tiro acabe saindo pela culatra, quando um filme Disney contagia, contagia de verdade e A Estranha Vida de Timothy Green, felizmente, pende para o bom lado de produção Disney.
Dono de uma estada discreta nos cinemas - salvo engano, por aqui foi lançado direto no mercado de home-video -, o filme escrito e dirigido por Peter Hedges (Eu, Meu Irmão e Minha Namorada) é um misto de fábula e aventura que comove e chama a atenção. Sua trama (baseada na obra de Ahmet Zappa) tem um toque de O Curioso Caso de Benjamin Button, todavia, ainda mais lúdico e com uma pegada propositalmente infantil. As presenças de Jennifer Garner (Clube de Compras Dallas) e Joel Edgerton (O Grande Gatsby) dão certo peso à produção, mas quem chama a atenção é o jovem CJ Adams (que participa do vindouro Godzilla), garoto que esbanja carisma ao interpretar o personagem título. Completam o elenco principal Rosemary DeWitt (O Casamento de Rachel), David Morse (Contato), Ron Livingston (Invocação do Mal), Shohreh Aghdashloo (X-Men: O Confronto Final) e Dianne Wiest (Hannah e suas Irmãs), que andava sumida das telas de cinema.
O filme é bem acabado tecnicamente, merecendo destaque o trabalho de John Toll (A Viagem) na composição de imagens e iluminação - o tom de verde prevalece durante quase toda a projeção, tendo a natureza grande destaque em seus enquadramentos - e o design de produção discreto, mas eficiente apresentado por Wynn Thomas (Uma Mente Brilhante) e equipe. Os responsáveis pelos efeitos especiais e maquiagem também realizam um bom trabalho, sendo interessante apontar o veterano Greg Nicotero (Hitchcock, série The Walking Dead) como um dos destaques. Mesmo discreto, os temas apresentados pelo compositor Geoff Zanelli (Gamer) ajudam à construção da narrativa (especialmente a escancarar o lado "sentimental" da obra.
Certamente A Estranha Vida de Timothy Green não é um filme impecável, muito menos constrói algo que possa ser considerado como "novo" ou "inusitado", mas o casamento entre premissa criativa (mesmo que, vez ou outra, possa ser sentido alguns tropeços na narrativa) e mensagem edificante (ora bolas, o filme é mais do que um incentivo a paternidade/maternidade) resulta agradável, talvez pela entrega do elenco (sim, a leveza do mesmo encaixa muito bem a abordagem do longa) ou até mesmo pelo esmero de Hedges na construção da obra. Em algumas momentos a obra pode perder um pouco do fôlego (nem sempre o tom fantástico parece acertado), mas a mensagem defendida pelo filme é tão bem construída (sem acabar soando piegas) que os possíveis problemas narrativos acabam ficando em segundo plano. No mais, um bom (bom mesmo) filme para toda a família.
Quer saber quantas estrelas dei para o filme? Acesse minha conta no Filmow.
Dono de uma estada discreta nos cinemas - salvo engano, por aqui foi lançado direto no mercado de home-video -, o filme escrito e dirigido por Peter Hedges (Eu, Meu Irmão e Minha Namorada) é um misto de fábula e aventura que comove e chama a atenção. Sua trama (baseada na obra de Ahmet Zappa) tem um toque de O Curioso Caso de Benjamin Button, todavia, ainda mais lúdico e com uma pegada propositalmente infantil. As presenças de Jennifer Garner (Clube de Compras Dallas) e Joel Edgerton (O Grande Gatsby) dão certo peso à produção, mas quem chama a atenção é o jovem CJ Adams (que participa do vindouro Godzilla), garoto que esbanja carisma ao interpretar o personagem título. Completam o elenco principal Rosemary DeWitt (O Casamento de Rachel), David Morse (Contato), Ron Livingston (Invocação do Mal), Shohreh Aghdashloo (X-Men: O Confronto Final) e Dianne Wiest (Hannah e suas Irmãs), que andava sumida das telas de cinema.
O filme é bem acabado tecnicamente, merecendo destaque o trabalho de John Toll (A Viagem) na composição de imagens e iluminação - o tom de verde prevalece durante quase toda a projeção, tendo a natureza grande destaque em seus enquadramentos - e o design de produção discreto, mas eficiente apresentado por Wynn Thomas (Uma Mente Brilhante) e equipe. Os responsáveis pelos efeitos especiais e maquiagem também realizam um bom trabalho, sendo interessante apontar o veterano Greg Nicotero (Hitchcock, série The Walking Dead) como um dos destaques. Mesmo discreto, os temas apresentados pelo compositor Geoff Zanelli (Gamer) ajudam à construção da narrativa (especialmente a escancarar o lado "sentimental" da obra.
Certamente A Estranha Vida de Timothy Green não é um filme impecável, muito menos constrói algo que possa ser considerado como "novo" ou "inusitado", mas o casamento entre premissa criativa (mesmo que, vez ou outra, possa ser sentido alguns tropeços na narrativa) e mensagem edificante (ora bolas, o filme é mais do que um incentivo a paternidade/maternidade) resulta agradável, talvez pela entrega do elenco (sim, a leveza do mesmo encaixa muito bem a abordagem do longa) ou até mesmo pelo esmero de Hedges na construção da obra. Em algumas momentos a obra pode perder um pouco do fôlego (nem sempre o tom fantástico parece acertado), mas a mensagem defendida pelo filme é tão bem construída (sem acabar soando piegas) que os possíveis problemas narrativos acabam ficando em segundo plano. No mais, um bom (bom mesmo) filme para toda a família.
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TRAILER
Mais Informações:
Pra mim é um filme ruim, mesmo com uma boa técnica. O roteiro é aquém para a Disney, principalmente com o tema tratado, já que os pais cometem diversos erros com o filho, não aprendem com eles e no final ainda dizem que teriam a mesma atitude com outro filho. E a atendente social ainda permite que o casal adote uma criança!
ResponderExcluirSou contra estórias mal contadas para crianças, elas merecem tanta qualidade quanto os adultos.
Ponto de vista justo, mas não acho que o filme "deseduca" desta forma. Aliás, talvez estes erros sejam postos justamente para refletirmos o contrário. Enfim, toda boa obra abre margem para interpretações distintas, como podemos confirmar pelo conflito entre as nossas. Há também a possibilidade do filme ter tentado ser o mais fiel possível a obra literária. No mais, obrigado pelo comentário e espero contar mais vezes com sua visita ao blog. Abs.
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