11 maio, 2013

Paul - O Alien Fugitivo (Paul, ING/EUA, 2011).

"Quem está afim de um encontro?" (Livre tradução da frase disposta no poster do filme).
Uma comédia sci-fi escrita e estrelada pelos britânicos Simon Pegg (Star Trek) e Nick Frost (As Aventuras de Tintim), dirigida pelo competente Greg Mottola (Superbad - É hoje!) e produzida pelos responsáveis pelos ótimos filmes Todo Mundo Quase Morto e Chumbo Grosso, em teoria, não tinha como dar errado. E, apesar de não ser uma obra incrível, Paul - O Alien Fugitivo (mais um subtítulo descartável acoplado à versão brasileira do filme) é divertido e recheado de referências nerds (a premissa do filme envolve dois nerds ingleses visitando a Comic-Con, em San Diego, no estado da Califórnia).

Não tão equilibrado quanto as comédias tipicamente britânicas - este filme, apesar de ser uma produção da Working Tittle, contou com grande influência da indústria de cinema norte-americana -, Paul - O Alien Fugitivo perde um pouco no sentido cômico - a bem verdade, o filme é pouco engraçado -, mas funciona bem como uma aventura leve e despretensiosa, especialmente pelo carisma e talento do elenco, que é complementado por Jason Bateman (Hancock), Kristen Wiig (Missão Madrinha de Casamento), Bill Hader (Ressaca de Amor), Jane Lynch (O Virgem de 40 Anos), Joe Lo Truglio (Faça o Que eu Digo, Não Faça o Que eu Faço), Sigourney Weaver (Alien, o 8º Passageiro) e Seth Rogen (Ligeiramente Grávidos), que interpreta (voz) o personagem título.

O roteiro de Pegg e Frost se agarra bastante ao universo das referências, que perpassam desde produções ligadas a ficção-científica, até outras que perpassam as temáticas nerd. Estão lá Star Wars, Star Trek, E.T. - O Extraterrestre, Homens de Preto, Contatos Imediatos do Terceiro Grau, literatura pulp etc. Contudo, apenas o cabedal de referências e citações não tornam o filme um filme e acredito que esta estrutura - e o plot um tanto quanto óbvio - tornaram a obra mais próxima a uma coleção de esquetes do que uma obra concisa, com início, meio e fim. Apesar de não ser tão engraçado ou inventivo, o filme funciona, porém não pelo roteiro em si, mas sim pela qualidade do elenco, pela direção segura de Mottola e pelo carisma da personagem-título, que nada mais é do que um alienígena construído em computação gráfica (razoável) com a personalidade de Seth Rogen (que faz rir, mas interpreta - mais uma vez - a si mesmo).

Despretensioso, mas competente em sua proposta, Paul - O Alien Fugitivo não soa tão engraçado quanto outros filmes protagonizado pela dupla Pegg/Frost ou até mesmo por aqueles que envolviam nomes como Bateman, Wiig, Hader ou Lynch, mas não decepciona, pois ganha força no quesito aventura e, apesar de alguns momentos óbvios, guarda um final bacana e, de certa forma, surpreendente. Certamente não é um grande filme, mas sim uma bobagem (no bom sentido) gostosa de se assistir.

AVALIAÇÃO
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