04 outubro, 2014

Sin City 2: A Dama Fatal (Frank Miller's Sin City: A Dame to Kill For, EUA, 2014).

"Não há justiça sem pecado" (Livre tradução da frase disposta no poster do filme).
Não havia achado Sin City - A Cidade do Pecado um grande filme, apesar de ser inegavelmente um exercício estético interessante. Logo, não estava com grande expectativa para conferir esta sequência tardia - nove anos separam o lançamento dos filmes - e isto, de certa forma, contribuiu para que a minha experiência cinematográfica para com a obra dirigida pelo "faz tudo" Robert Rodriguez (Machete Kills) e por Frank Miller - também autor das histórias em quadrinhos nas quais o longa é baseado - fosse a mais "isenta" possível. Sendo assim, apesar de não ser um filme horrível - a crítica estrangeira desceu o sarrafo, enquanto o público não foi conferi-lo -, Sin City 2: A Dama Fatal também não deslancha, mantendo não apenas a forma do filme original, como também a estrutura e apresentando dilemas parecidos. A bem verdade a única novidade do filme se dá no rol de personagens, apresentando caras novas e caras velhas interpretadas por caras novas. Dos novatos, destaco a sempre disposta Eva Green (007: Cassino Royale) e Joseph Gordon-Levitt (A Origem), enquanto da velha guarda aponto Mickey Rourke (Imortais) como o mais dinâmico (apesar de não tão relevante às tramas do filme como o Dwight de Josh Brolin, por exemplo). É fato que os efeitos visuais melhoraram bastante em comparação ao filme de 2005, mas a falta de substância e a violência pela violência já não percebem do frescor daquele, o que, somado ao ritmo lento e o desnivelação entre as três histórias apresentadas, tornam este mais recente fracasso da carreira do já não tão promissor Robert Rodriguez no máximo divertido, mas também dispensável. A recepção fria para com Sin City 2: A Dama Fatal foi exagerada, mas a obra passa longe de ser espetacular, sendo mais uma sequência que tenta repetir os passos bem sucedidos (para alguns) do original emulando praticamente tudo do mesmo. Dessa vez o tiro saiu pela culatra e, possivelmente, enterrou qualquer pretensão de franquia para a criação de Frank Miller.


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