13 novembro, 2013

É o Fim (This is the End, EUA, 2013).


Eis um filme que não foge do nível da bobagem, mas diverte mesmo quando não é engraçado. Difícil de entender? Pois vou tentar esclarecer. Projeto do ator Seth Rogen (Ligeiramente Grávidos) e do roteirista Evan Goldberg (Superbad - É Hoje) - ambos dividem as funções de roteirista e diretor do filme - cujo objetivo maior é reunir vários de seus amigos atores em uma comédia sem noção cuja ambientação é o fim do mundo, É o Fim pode ter um arremedo de roteiro e ser basicamente composto por uma série de esquetes (cujo fio condutor faz sentido, por sinal), mas o carisma dos nomes envolvidos é tão grande (a coisa se eleva pelo fato dos atores "interpretarem" a si mesmos) e os diálogos criados pela dupla Rogen/Goldberg tão surtados que é impossível não rir do desespero anormal desta rapaziada. Certamente não é uma grande comédia, mas diverte.

Estrelado por gente do naipe de Jonah Hill (Anjos da Lei), James Franco (Oz: Mágico e Poderoso), Jay Baruchel (O Aprendiz de Feiticeiro), Danny McBride (Segurando as Pontas), Craig Robertson (Pagando Bem, Que Mal Tem?) e Rogen, além de contar com pontas divertidíssimas (em sua maioria) de Michael Cera (Juno), Emma Watson (franquia Harry Potter, Sete Dias com Marilyn), Paul Rudd (Eu Te Amo, Cara), Christopher Mintz-Plasse (Kick-Ass - Quebrando Tudo), Channing Tatum (Magic Mike) e dos Backstreet Boys, É o Fim na verdade é uma grande brincadeira capitaneado por Rogen e Goldberg, que abraça a temática apocalíptica como desculpa para tirar sarro das personas de cada um dos envolvidos no filme e das máscaras que permeiam a sociedade hollywoodiana. Não há nada de muito profundo na obra, mas é perceptível o tom de ironia e a crítica velada ao estilo de vida defendido com unhas e dentes pela indústria cultural norte-americana (portanto, não apenas a cinematográfica), além de correr solto piadas politicamente incorretas e muito besteirol - que soam orgânicas pelo fato destas serem "usadas" pelos próprios intérpretes.

Contando com referências mais do que explícitas a cinematografia de cada um dos nomes que encabeçam a produção, além de algumas críticas ao caráter do artista em Hollywood, É o Fim pode não ser um filme de fácil digestão para os não inciados no humor anos 2000 da gangue de Rogen e cia. - ou seja, as comédias dirigidas ou produzidas por Judd Apatow e David Gordon Green -, especialmente pelo excesso (no bom sentido) de autorreferências, mas certamente agradará aqueles que cresceram (especialmente enquanto adolescentes) ao lado dessa "turminha do barulho", que aqui encontram-se mais surtados e a vontade do que nunca. No fim das contas É o Fim não passa de uma bobagem composta por vários nomes importantes da comédia teen norte-americana da última década, mas é certamente uma das bobagens mais divertidas do ano.

AVALIAÇÃO
TRAILER

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