Lançado antes do furacão de crítica e público (por fim oscarizado) Frozen - Uma Aventura Congelante, Detona Ralph é uma animação para lá de divertida, tecnicamente deslumbrante e conduzida de forma coerente por Rich Moore (Os Simpsons, Futurama), que juntamente a dupla de roteiristas formada por Phil Johnston (Um Negócio Nada Seguro) e Jennifer Lee (Frozen) apostam numa trama ao mesmo tempo reverente ao universo dos games e surpreendente narrativamente, com direito a plot twist e final épico. Feito tanto para os inteirados no mundo dos jogos eletrônicos (novos e antigos) quanto aos espectadores ocasionais (me incluo nesta categoria), Detona Ralph pode ser tido como o alicerce desta "nova" Disney Animation, que já havia se mostrado de forma comedida em animações como A Princesa e o Sapo (2009) e Enrolados (2010) e obteve consagração inequívoca com Frozen.
O ritmo ágil e a apresentação de personagens carismáticos, além da presença de celebridades "gamerísticas" são alguns dos elementos que se destacam desde o início do filme, fazendo com que a atenção do espectador seja capturada de forma imediata. A relação entre as personagens Ralph e Felix lembra um pouco a dinâmica apresentada pelos protagonistas da animação Megamente, da rival DreamWorks Animation, só que de forma menos antagônica e um tantinho mais profunda. O trabalho de voz de John C. Reilly (Precisamos Falar Sobre o Kevin) e Jack McBrayer (Ressaca de Amor), que interpretam Ralph e Felix, respectivamente, é muito bacana, acrescentando as nuances necessárias ao desenvolvimento de seus personagens através da composição de voz e do tom/timbre aplicado. Completam o bom elenco de voz Sarah Silverman (Os Muppets), Alan Tudyk (42 - A História de uma Lenda) e Jane Lynch (Paul - O Alien Fugitivo) - que repete as características de quase todos os seus personagens, mas a graça está justamente aí.
O escopo visual da animação é brilhante, seja pela resolução cristalina de seus ambientes, seja pela caracterização dos universos fora e dentro das máquinas de fliperama. A movimentação distinta das personagens, cuja relação encontra-se na "geração" (tecnologia) de jogos aos quais pertencem, é genial, o que dá um caráter todo especial a Detona Ralph. A equipe de arte liderada por Ian Gooding (O Galinho Chicken Little) também merece aplausos, pois consegue criar vários mundos (jogos) minimamente interessantes dentro do cenário principal do filme, à exceção do reino doce, cuja concepção é toscamente atrativa (vai entender!). Por fim, destaco o trabalho musical de Henry Jackman (Capitão Phillips), que estabelece as características de cada um destes mundos de forma apropriada e reconhecível.
Talvez mais interessante aos olhos da garotada (especialmente dos meninos) do que ao público adulto, Detona Ralph é interessante tanto como aventura quanto como estudo de personagem/caráter, especialmente quando começa a resolver as arestas apresentadas em seu início, onde temas como vingança, egoísmo e mau-caratismo são finalmente expostos de forma clara, coroando assim a profundidade de discussão pretendida pelo filme desde seus primeiros frames. Autorreferente - além do mundo dos games, o filme trata do avanço tecnológico nas últimas décadas e, por que não, da própria indústria das animações -, Detona Ralph acabou ganhando a alcunha de "Toy Story dos games", marca esta com a qual não concorda, já que tanto os temas como o próprio universo e condução das obras são quase que completamente diferentes. Você acha similar ou não, o certo é que tanto a trilogia do brinquedos que ganham vida quanto esta epopeia pelos arcades vintage são ótimas obras, que nos mostram bem mais do que uma primeira impressão poderia sugerir.
Quer saber quantas estrelas dei para o filme? Acesse minha conta no Filmow.
O ritmo ágil e a apresentação de personagens carismáticos, além da presença de celebridades "gamerísticas" são alguns dos elementos que se destacam desde o início do filme, fazendo com que a atenção do espectador seja capturada de forma imediata. A relação entre as personagens Ralph e Felix lembra um pouco a dinâmica apresentada pelos protagonistas da animação Megamente, da rival DreamWorks Animation, só que de forma menos antagônica e um tantinho mais profunda. O trabalho de voz de John C. Reilly (Precisamos Falar Sobre o Kevin) e Jack McBrayer (Ressaca de Amor), que interpretam Ralph e Felix, respectivamente, é muito bacana, acrescentando as nuances necessárias ao desenvolvimento de seus personagens através da composição de voz e do tom/timbre aplicado. Completam o bom elenco de voz Sarah Silverman (Os Muppets), Alan Tudyk (42 - A História de uma Lenda) e Jane Lynch (Paul - O Alien Fugitivo) - que repete as características de quase todos os seus personagens, mas a graça está justamente aí.
O escopo visual da animação é brilhante, seja pela resolução cristalina de seus ambientes, seja pela caracterização dos universos fora e dentro das máquinas de fliperama. A movimentação distinta das personagens, cuja relação encontra-se na "geração" (tecnologia) de jogos aos quais pertencem, é genial, o que dá um caráter todo especial a Detona Ralph. A equipe de arte liderada por Ian Gooding (O Galinho Chicken Little) também merece aplausos, pois consegue criar vários mundos (jogos) minimamente interessantes dentro do cenário principal do filme, à exceção do reino doce, cuja concepção é toscamente atrativa (vai entender!). Por fim, destaco o trabalho musical de Henry Jackman (Capitão Phillips), que estabelece as características de cada um destes mundos de forma apropriada e reconhecível.
Talvez mais interessante aos olhos da garotada (especialmente dos meninos) do que ao público adulto, Detona Ralph é interessante tanto como aventura quanto como estudo de personagem/caráter, especialmente quando começa a resolver as arestas apresentadas em seu início, onde temas como vingança, egoísmo e mau-caratismo são finalmente expostos de forma clara, coroando assim a profundidade de discussão pretendida pelo filme desde seus primeiros frames. Autorreferente - além do mundo dos games, o filme trata do avanço tecnológico nas últimas décadas e, por que não, da própria indústria das animações -, Detona Ralph acabou ganhando a alcunha de "Toy Story dos games", marca esta com a qual não concorda, já que tanto os temas como o próprio universo e condução das obras são quase que completamente diferentes. Você acha similar ou não, o certo é que tanto a trilogia do brinquedos que ganham vida quanto esta epopeia pelos arcades vintage são ótimas obras, que nos mostram bem mais do que uma primeira impressão poderia sugerir.
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