26 agosto, 2014

Godzilla (EUA, 2014).

"A arrogância do homem é achar que tem a natureza sob controle e não o contrário" (reflexão proferida pelo Dr. Ishiro Serizawa, personagem de Ken Watanabe).
Godzilla, versão 2014, é um filme de monstros bacana. Dirigido com carinho por Gareth Edwards (Monstros) e estrelado por Aaron Taylor-Johnson (Anna Karenina), Ken Watanabe (A Origem), Elizabeth Olsen (Poder Paranormal) e Bryan Cranston (Argo), esta repaginada do mito cinematográfico japonês mostra-se bem sucedida quando defende a trama implausível de forma séria, apresentando seres pré-históricos acordando e, por conseguinte, digladiando-se no mundo de hoje, tendo os seres humanos (e sua histeria bélica) papel de coadjuvantes nesta batalha entre forças inimagináveis da natureza. O plot proposto por Dave Callaham (Os Mercenários) e desenvolvido por Max Borenstein (O Sétimo Filho) segue a linha "tudo explicadinho e relacionado" encontrada em filmes como Batman Begins, o que não é demérito algum, e foca bastante no drama das personagens principais, mas acaba deixando pouco (ou quase nada) para a imaginação do espectador. Contando com vistosas sequências de ação - que, por incrível que pareça, soam melhores quando os monstros encontram-se na penumbra e menos impactantes quando estes são escancarados -, uma trilha sonora épica (a cargo do estupendo Alexandre Desplat) e um bom elenco (à exceção do insosso Taylor-Johnson), infelizmente Godzilla acaba sendo concluído de forma apressada, o que acaba tirando um pouco do impacto de tensão e curiosidade despertados durante o restante da projeção. Em suma, um pouco mais do que um simples filme de monstros destruindo parte do mundo. Um pouco mais.

★★★½

TRAILER

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