Projeto dos sonhos de James Hetfield e Lars Ulrich, respectivamente vocalista/guitarrista e baterista do Metallica, o musical Metallica: Through the Never, apesar do fracasso de público, pode ser considerado como um ótimo experimento audiovisual, que fortalece a já forte produção musical da banda, além de apresentar uma das apresentações mais contagiantes de uma banda de rock já registrada até então. É claro que o objetivo do filme não é o de registrar com fidelidade como é um show da banda (a superprodução apresentada aqui foi unicamente bolada para o filme), mas sim transpor a energia emanada por ela de forma amplificada pelo brilho exposto pelo arranjo de produção. Com isso temos aqui um palco pra lá de estilizado contando com telas led no piso (!) (além de encontrar-se disposto no centro da arena), muitos aparatos cênicos, iluminação "assombrosa", um som poderoso, dentre outras "regalias" que só a maior banda de rock pesado (thrash metal, para os iniciados) de todos os tempos poderia conseguir. Logo, deu para perceber que se há um problema com esta empreitada ambiciosa dos coroas de São Francisco este não está relacionado ao concerto da banda, mas sim a parte "ficção" que entrecorta a cacetada de músicas.
Coube ao promissor diretor húngaro Nimród Antal (Kontroll, Predadores) a direção e a lapidação do roteiro sugerido por Hetfield, Ulrich, Kirk Hammett e Robert Trujillo (estes últimos guitarrista e baixista do Metallica), que narra a trajetória de um jovem "office-boy" (Dane DeHaan, de Poder Sem Limites) que trabalha para a produção do Metallica na busca por uma misteriosa bolsa supostamente muito importante para a banda. Nisso somos apresentados a uma guerra civil esteticamente atrativa mas cujo cerne não simplesmente não existe. Logo, apesar de bem conduzida e dotada de um senso visual apurado, a falta de coerência narrativa da pseudotrama do garoto acaba por acrescentar um valor quase nulo ao projeto. Pra ser sincero, enquanto música após músico o interesse pelo show em si ia aumentando, as partes relativas a trama ficcional só reforçaram meu interesse em ver mais Metallica, o que acho não deve ter sido o objetivo dos envolvidos ao gastarem uma nota para criarem a revolução whataver apresentada no filme.
Esquecida a parte ficcional, é correto afirmar que Metallica: Through the Never é um filme-concerto extremamente empolgante, tanto pelo seu caprichado aparato visual - Antal consegue captar a banda, o público e o entorno com identidade e conta com ótimo desempenho da diretora de fotografia Gyula Pados (A Duquesa) - quanto pela seleção de músicas (que de tão bem escolhidas têm tudo para agradar até mesmo quem não conhece a produção musical da banda), que o deixam extremamente dinâmico (mérito também da edição de Joe Hutshing (A Chave Mestra, Selvagens), além da "atuação" do quarteto principal encontrar-se afiadíssima, com direito a cenas de ação e dublês (!) em cena. Não fosse a frágil colagem do evento show com a trama meia boca protagonizada por DeHaan (que apesar de tudo está bem em seu "papel") certamente Metallica: Through the Never seria uma obra ímpar, como este tropeço se mostrou presente (até demais), temos então um espetáculo musical de primeira qualidade que vez ou outra perde o fôlego por conta do arremedo de roteiro capitaneada pelos membros do Metallica. Mas uma coisa é certa, ao subirem os créditos finais bateu um baita desejo de rever o filme nos formatos no qual este foi originalmente lançado: IMAX e 3D.
Quer saber quantas estrelas dei para o filme? Acesse minha conta no Filmow.
Coube ao promissor diretor húngaro Nimród Antal (Kontroll, Predadores) a direção e a lapidação do roteiro sugerido por Hetfield, Ulrich, Kirk Hammett e Robert Trujillo (estes últimos guitarrista e baixista do Metallica), que narra a trajetória de um jovem "office-boy" (Dane DeHaan, de Poder Sem Limites) que trabalha para a produção do Metallica na busca por uma misteriosa bolsa supostamente muito importante para a banda. Nisso somos apresentados a uma guerra civil esteticamente atrativa mas cujo cerne não simplesmente não existe. Logo, apesar de bem conduzida e dotada de um senso visual apurado, a falta de coerência narrativa da pseudotrama do garoto acaba por acrescentar um valor quase nulo ao projeto. Pra ser sincero, enquanto música após músico o interesse pelo show em si ia aumentando, as partes relativas a trama ficcional só reforçaram meu interesse em ver mais Metallica, o que acho não deve ter sido o objetivo dos envolvidos ao gastarem uma nota para criarem a revolução whataver apresentada no filme.
Esquecida a parte ficcional, é correto afirmar que Metallica: Through the Never é um filme-concerto extremamente empolgante, tanto pelo seu caprichado aparato visual - Antal consegue captar a banda, o público e o entorno com identidade e conta com ótimo desempenho da diretora de fotografia Gyula Pados (A Duquesa) - quanto pela seleção de músicas (que de tão bem escolhidas têm tudo para agradar até mesmo quem não conhece a produção musical da banda), que o deixam extremamente dinâmico (mérito também da edição de Joe Hutshing (A Chave Mestra, Selvagens), além da "atuação" do quarteto principal encontrar-se afiadíssima, com direito a cenas de ação e dublês (!) em cena. Não fosse a frágil colagem do evento show com a trama meia boca protagonizada por DeHaan (que apesar de tudo está bem em seu "papel") certamente Metallica: Through the Never seria uma obra ímpar, como este tropeço se mostrou presente (até demais), temos então um espetáculo musical de primeira qualidade que vez ou outra perde o fôlego por conta do arremedo de roteiro capitaneada pelos membros do Metallica. Mas uma coisa é certa, ao subirem os créditos finais bateu um baita desejo de rever o filme nos formatos no qual este foi originalmente lançado: IMAX e 3D.
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