02 fevereiro, 2014

Rota de Fuga (Escape Plan, EUA, 2013).

"Ninguém escapa sozinho" (Livre tradução da frase disposta no poster do filme).
Tanto Sylvester Stallone (Alvo Duplo) quanto Arnold Schwarzenegger (O Último Desafio) tentaram emplacar filmes solo ano passado, no entanto, apesar de alguns méritos, nenhum deles conseguiu emplacar nas bilheterias ao redor do mundo. Com este Roda de Fuga, filme de ação que reúne os dois maiores astros do gênero nos anos 1980, a coisa funciona um pouco melhor - pelo menos do ponto de vista comercial, já que o filme arrecadou até então cerca de 136 milhões de dólares, contra um orçamento de aproximadamente 50 milhões - e a química entre ambos mostra-se em dia, entretanto, como quase todos os filmes do gênero, o roteiro escorrega aqui e acolá, mas sem que a experiência seja estragada. É certo que este não se trata de um grande filme de ação, mas tem seus méritos e diverte tanto quanto qualquer dos títulos menores de "ambos" os atores.

Coube ao eficiente Mikael Hafström (1408) a direção deste Rota de Fuga, filme que narra a história de um especialista em avaliar o nível de segurança das penitenciárias norte-americanas (Stallone) e a tentativa de fuga do mesmo quando pego em uma armadilha (o personagem acaba trancafiado em uma prisão na qual perde total contato com o mundo externo). A partir daí ele conhece o personagem de Schwarzenegger, que o ajuda a materializar a saída de ambos dessa penitenciária misteriosa. É certo que, mesmo exagerada, a premissa criada por Miles Chapman e roteirizada por ele em conjunto com Jason Keller (Redenção) mostra-se empolgante pois trabalha bem o ambiente prisional e a personalidade dos dois protagonistas (ou o carisma da dupla é que chama a atenção?), mesmo que a trama em si seja para lá de óbvia. Hafstrom segura bem o filme e mostra-se competente na condução das cenas de ação, mas não traz grandes novidades em termos de estilo, optando por levar o filme de forma básica.

É engraçado perceber que enquanto Stallone opta por construir seu personagem de maneira mais "séria", Schwarzenegger - como quase sempre - abraça a caricatura, o que deixa seu Emil Rottmayer ainda mais interessante. Pouco importa se o gigante austríaco sabe ou não atuar, o fato é que as melhores cenas do longa são justamente aquelas que contam com a sua presença. Stallone leva o filme a sério demais, enquanto Schwarzenegger parece comprar melhor a vibe "desleixada" do filme. O certo é que o filme ganha bastante quando ambos encontram-se em cena - por pelo menos quarenta minutos o filme é apenas de Sly - e, apesar deste contar com nomes interessantes no papel de coadjuvantes - Jim Caviezel, Vincent D'Onofrio, Curtis "50 Cent" Jackson, Amy Ryan e Sam Neill -, nenhum deles mostra-se interessante o suficiente, servindo mais como chamariz de marketing do que como complemento artístico à trama.

Em plena década de 2010 é um tanto quanto difícil engolir um filme cujo desenvolvimento mostra-se tão jogado quanto o deste Rota de Fuga - além de um vilão (Caviezel) mais caricato e artificial que os da franquia 007 nos anos 1980  -, mas a direção segura de Hafström, algumas boas cenas de ação, a química entre a dupla de protagonistas e as frases de efeito (sempre!) entoadas por Schwarzenegger acabam por tornarem essa diversão passageira em um filme mais interessante, mesmo que mesmo assim não signifique que seja grande coisa. Rota de Fuga diverte mais e ofende pouco, o que é um grande atrativo em comparação as muitas obras horrorosas do gênero que invadem os cinemas atualmente.

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