21 setembro, 2014

Conan, o Bárbaro (Conan the Barbarian, EUA, 1982).

"Ladrão. Guerreiro. Gladiador. Rei" (Livre tradução do texto disposto no poster promocional do filme).
Até hoje Conan, o Bárbaro (de 1982) divide opiniões - os sites agregadores de críticas Metacritic e Rotten Tomatoes possuem visões distintas (traduzidas em números) da produção -, mas particularmente tenho uma opinião bem definida. Primeiro grande trabalho da carreira do astro austríaco (cacofonia bacana, não?) Arnold Schwarzenegger (Rota de Fuga) e filme mais conhecido de John Milius como diretor, Conan, o Bárbaro foi responsável por (re)inaugurar a era dos épicos de fantasia - assim como Star Wars o foi para os épicos espaciais -, como também por apresentar de forma massiva o icônico personagem concebido pelo escritor pulp Robert E. Howard. Utilizando quase toda a cartilha das grandes produções oitentistas - que escancarou a "ousadia" da produção dos anos 1970 -, especialmente nudez e violência, o filme coescrito por Milius ("ao lado" de Oliver Stone) é, além de um épico de ação fascinante (sua ambientação é incrível, graças a toda a equipe artística do filme, especialmente do designer de produção Ron Cobb e do figurinista John Bloomfield), apresenta um subtexto psicológico bastante profundo - especialmente para produções neste formato -, quando apresenta os dilemas do personagem título com relação a sua vendetta, cuja conclusão, ao contrário do esperado pelo herói, cobra um alto preço. Contando com pouquíssimos diálogos - enquanto alguns dizem que por conta das limitações de Schwaezenegger, o diretor esclarece que esta foi uma opção narrativa -, muita exposição visual - que sim, cumprem com sobras a função de "contar a história" - e composições marcantes de James Earl Jones (O Rei Leão), como o vilão Thulsa Doom e Sandahl Bergman, como Valeria, uma interpretação correta de Schwarzenegger e uma das trilhas sonoras mais emblemáticas da história do cinema - palmas para Basil Poledouris (RoboCop - O Policial do Futuro), Conan, o Bárbaro consagra-se como um produto de sua época, continuando a funcionar, apesar da precariedade de alguns (não todos!) dos seus efeitos especiais. Por fim, assino em baixo quando Earl Jones afirma, em entrevista disponível na edição em blu-ray do filme, que este funcionaria à perfeição mesmo que não tivesse diálogos, tamanho as significações atribuídos pelo seu riquíssimo visual.
 
★★★½

TRAILER


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