19 setembro, 2014

Se eu Ficar (If I Stay, EUA, 2014).

"Viva pelo amor" (Livre tradução da frase disposta no poster promocional do filme).
Se eu Ficar é o típico filme simpático, mas cuja essência falta alguma coisa. Mais uma adaptação de um best-seller "romântico-juvenil" - a obra original é de Gayle Forman -, o filme conduzido pelo estreante (em longas de ficção) R. J. Cutler trabalha relativamente bem o relacionamento entre a musicista interpretada por Chloe Grace Moretz (Carrie, a Estranha) e o guitarrista vivido por Jamie Blackley (O Quinto Poder) e a relação da primeira com os pais (Mireille Enos e Joshua Leonard), mas escorrega quanto emprega o fator "espiritual" - cujo espectro, como bem lembrou a colega Soyara Lopes, sugeria algo próximo a Um Olhar do Paraíso, de Peter Jackson, porém acabou soando sem definição, deixando a encruzilhada da personagem de Moretz brio, sem significação (ver semiótica) -. A montagem que entrecorta momentos do "limbo" com eventos pretéritos da personagem de Moretz não funcionam a contento, pois enfraquecem a trama através da superexposição de sequências dramáticas, que acabam por "anestesiar" o espectador. Como dito no início, Se eu Ficar, apesar de alguns problemas estruturais (e de não aprofundar a temática abraçada) mostra-se um filme bastante simpático, muito devido ao carisma do quarteto principal de atores - Moretz, Blackley, Enos e Leonard - e, claro, a construção de seus personagens (mérito de Cutler e da roteirista Shauna Cross). A resolução (apressada) do filme pode deixar um gostinho amargo na boca do espectador, mas a jornada proporcionada pelo mesmo é agradável (apesar da montagem), logo, válida.

 ★★★

TRAILER


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