28 setembro, 2014

Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistiola (A Million Ways to Die in the West, EUA, 2014).


É incrível como Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola (mais uma tradução ridícula - no mau sentido - feita pela distribuidora do filme no Brasil), mesmo sendo um filme tão bobo, possua uma fotografia tão deslumbrante (cujo cerne é homenagear os grandes clássicos do faroeste) e uma trilha sonora tão agradável - a cargo de Michael Barrett (Beijos e Tiros) e Joel McNeely (Velocidade Terminal), respectivamente -, a ponto do espectador se perguntar se está acompanhando uma "simples" comédia ambientada no velho oeste. Mesmo não sendo absurdamente engraçado - algumas de suas piadas, inclusive, são de mau gosto -, esta segunda incursão de Seth MacFarlane (Ted) como diretor de cinema deu vazão a uma obra divertida, composta por algumas gags interessantes e possuidora de um elenco primoroso (à exceção de MacFarlane, que não segura a onda como protagonista). Charlize Theron (Jovens Adultos), Amanda Seyfried (Os Miseráveis), Giovanni Ribisi (Contrabando), Neil Patrick Harris (Tropas Estelares), Sarah Silverman (Os Muppets) e Liam Neeson (Sem Escalas) dão vida aos diálogos "espertos" escritos por Alec Sulkin, Wellesley Wild e MacFarlane, tornando o filme mais interessante que o esperado. É bem verdade que Um Milhão de Maneiras de Pegar na Pistola não é, nem de longe, uma obra brilhante, mas o non sense de algumas sequências, a química entre MacFarlane e Theron, a canastrice de Neeson e o visual exuberante acabam por transformar a desconfiança inicial quanto a sua qualidade em uma agradável experiência cinematográfica, que guarda seus bons momentos (mesmo sem arrancar grandes gargalhadas), ao mesmo tempo em que homenageia (de forma trôpega, mas consciente) o gênero faroeste. Há certa confusão na abordagem proposta por MacFarlane - o foco principal se encontra no humor, no drama ou no romance? -, mas no âmbito geral o filme acaba se saindo bem, apesar de apresentar-se como uma obra mais convencional do que pretendia (e aparentava) ser.

½

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