Quem diria que o melhor filme de Nicolas Cage (Sangue no Gelo) nos últimos cinco anos seria nada menos que uma animação? Pois é, Os Croods, de Kirk DeMicco (Space Chimps - Micos no Espaço) e Chris Sanders (Como Treinar o Seu Dragão) acabou proporcionando a Cage um grande papel, o de patriarca da família pré-histórica Crood(s), Grug. Os Croods acabam tendo que se adaptar as mudanças climáticas e estruturais passadas pelo planeta. Seguindo a cartilha básica das produções recentes da DreamWorks Animation, o filme aposta bastante na correria e no humor, mas de forma bem acurada, estabelecendo bem suas personagens principais e o fio condutor da trama, que não poderia deixar de ser um romance entre a filha de Grug, Eep (voz de Emma Stone, de O Espetacular Homem-Aranha) e o forasteiro Guy (Ryan Reynolds, de Protegendo o Inimigo).
Estruturada de forma a agradar tanto a criançada quanto o público adulto (que aprecie filmes em animação, obviamente), Os Croods pode ser categorizado como uma obra particular dentre as produções da DreamWorks, pois nem traz um grande frescor narrativo/estético (Como Treinar o Seu Dragão) ou uma trama mirabolante e inusitada (Shrek), mas também passa longe de soar descartável e/ou apelativa (como os pouco inspirados Os Sem-Floresta e Madagascar, por exemplo), podendo ser considerada como uma produção irmã de Monstros vs. Alienígenas, logo, divertida mas sem grandes viradas. É fato que a qualidade técnica da animação acaba sendo um dos grandes atrativos - a renderização da pele dos personagens e a movimentação dos mesmos é incrível -, mas mesmo sendo esteticamente primoroso o maior atrativo do filme acaba sendo a coleção de personagens carismáticos apresentados, que funcionam muito bem juntos (não saberia dizer se um deles vingaria em um possível filme solo).
Os três atos de Os Croods são bem definidos, apresentando desde a rotina diária da família e sua filosofia de sobrevivência pelo medo (base do conflito principal do filme) até o desbravamento geográfico do planeta pré-histórico, espaço este não conhecido pela família de Nic Cage. Com isso, apesar de leve, fica claro que existem mensagens de cunho reflexivo por trás da correria e do humor pastelão (aqui as piadas mostram-se menos importantes que o humor físico), o que certamente agradará aos adultos que assistirem ao filme acompanhado de seus filhos, já que os valores morais defendidos por ele apresentam-se atemporais.
Após o bom resultado nas bilheterias mundiais acabou por ser anunciada uma continuação de Os Croods. Particularmente, apesar de apresentar-se como uma boa animação, não penso que uma segunda aventura seja necessária, pois o arco narrativo foi encerrado de forma clara, sem pontas soltas ou ganchos indevidos. Enfim, obviamente que a possibilidade de acumular mais alguns dólares alimentam a ganância do estúdio, mas não vejo em Os Croods - qualidade cinematográfica a parte - material suficiente para uma franquia como as de outros sucessos comerciais da DreamWorks, como Kung Fu Panda, Madagascar, Como Treinar o Seu Dragão (em andamento) e o até hoje incomparável (pelo menos os dois primeiros) Shrek. Gostou do filme? Então faça como a criançada, o reveja uma, duas, três, quantas vezes for necessário, pois a diversão é garantida.
Quer saber quantas estrelas dei para o filme? Acesse minha conta no Filmow.
Estruturada de forma a agradar tanto a criançada quanto o público adulto (que aprecie filmes em animação, obviamente), Os Croods pode ser categorizado como uma obra particular dentre as produções da DreamWorks, pois nem traz um grande frescor narrativo/estético (Como Treinar o Seu Dragão) ou uma trama mirabolante e inusitada (Shrek), mas também passa longe de soar descartável e/ou apelativa (como os pouco inspirados Os Sem-Floresta e Madagascar, por exemplo), podendo ser considerada como uma produção irmã de Monstros vs. Alienígenas, logo, divertida mas sem grandes viradas. É fato que a qualidade técnica da animação acaba sendo um dos grandes atrativos - a renderização da pele dos personagens e a movimentação dos mesmos é incrível -, mas mesmo sendo esteticamente primoroso o maior atrativo do filme acaba sendo a coleção de personagens carismáticos apresentados, que funcionam muito bem juntos (não saberia dizer se um deles vingaria em um possível filme solo).
Os três atos de Os Croods são bem definidos, apresentando desde a rotina diária da família e sua filosofia de sobrevivência pelo medo (base do conflito principal do filme) até o desbravamento geográfico do planeta pré-histórico, espaço este não conhecido pela família de Nic Cage. Com isso, apesar de leve, fica claro que existem mensagens de cunho reflexivo por trás da correria e do humor pastelão (aqui as piadas mostram-se menos importantes que o humor físico), o que certamente agradará aos adultos que assistirem ao filme acompanhado de seus filhos, já que os valores morais defendidos por ele apresentam-se atemporais.
Após o bom resultado nas bilheterias mundiais acabou por ser anunciada uma continuação de Os Croods. Particularmente, apesar de apresentar-se como uma boa animação, não penso que uma segunda aventura seja necessária, pois o arco narrativo foi encerrado de forma clara, sem pontas soltas ou ganchos indevidos. Enfim, obviamente que a possibilidade de acumular mais alguns dólares alimentam a ganância do estúdio, mas não vejo em Os Croods - qualidade cinematográfica a parte - material suficiente para uma franquia como as de outros sucessos comerciais da DreamWorks, como Kung Fu Panda, Madagascar, Como Treinar o Seu Dragão (em andamento) e o até hoje incomparável (pelo menos os dois primeiros) Shrek. Gostou do filme? Então faça como a criançada, o reveja uma, duas, três, quantas vezes for necessário, pois a diversão é garantida.
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