"Quando o caçador se torna a caça" (Livre tradução da frase disposta no poster do filme).
Nada melhor do que começar o ano conferindo mais uma produção inédita estrelada pelo querido Nicolas Cage (Os Vigaristas) e, apesar desta não ser das mais inovadoras no sentido narrativo, não há o que se apontar como grande defeito ou escorregão (ao contrário de grande parte da filmografia do ator nos últimos dez anos). Obra de estreia do roteirista e diretor Scott Walker, Sangue no Gelo tem como foco uma investigação policial que envolve uma série de desaparecimentos que mais a frente são revelados como homicídios. Baseado no estado do Alasca e inspirado em eventos reais, Walker constrói aqui um thriller policial eficiente, que utiliza bem as locações como personagens à trama (é fácil lembrar do filme Insônia, de Christopher Nolan), tropeçando apenas na lapidação do roteiro, especialmente em algumas falas, que mereceriam pelo menos um tratamento a mais.
Em Sangue no Gelo Cage não é o único centro de atenção, visto que aqui o ator faz par com outro ator de carreira bastante prolífica - e, assim como o primeiro, possuidor de obras duvidosas em sua longa filmografia -, o simpaticíssimo John Cusack (1408), que aqui interpreta o assassino serial, entregando uma performance interessante, que não apela para a caricatura, nem explora a introspecção. Apesar de bem, a grande surpresa no âmbito de atuação se encontra justamente no método de Cage, que surpreendentemente não surta em momento algum do filme, compondo um personagem sério, comprometido e sereno do início ao fim da projeção. Palmas ao diretor de primeira viagem Scott Walker, que consegue o quase impossível: conter Nicolas Cage.
Como dito no início não há nada em específico que faça torne o filme ruim, mas a pouca experiência de Walker pode ter contribuído para a lentidão de seu desenvolvimento e para a oscilação climática do filme, que não funciona em alguns momentos cuja necessidade reside óbvia. Some-se a isso a trilha sonora discreta a cargo de Lorne Balfe (Sangue e Honra) e temos um filme interessante, mas que sofre pela falta de ambição. O roteiro de Walker mostra-se um tanto quadrado, pois apesar de cumprir seu papel como registro deste acontecimento trágico da história do Alasca, acaba não resultando no melhor que o cinema pode oferecer.
Tendo como grandes destaques as interpretações de Nicolas Cage (surpreendentemente contido) e John Cusack (no limite da caricatura) - especialmente o primeiro - e a fotografia do mexicano Patrick Murguia (Atraídos pelo Crime) - apesar do excesso de utilização de câmera de mão, que, ao meu ver, é usada em momentos inoportunos -, Sangue no Gelo funciona relativamente bem, comprova que, quando quer, Cage pode entregar uma boa atuação até mesmo em projetos medianos e que o diretor Scott Walker pode vir a surpreender positivamente no futuro.
Quer saber quantas estrelas dei para o filme? Acesse minha conta no Filmow.
...
Obs.: Ignore a chamada em destaque do poster de Sangue no Gelo, na qual um jornalista o compara ao sublime Se7en - Os Sete Crimes Capitais, por que aí já é demais.
Tendo como grandes destaques as interpretações de Nicolas Cage (surpreendentemente contido) e John Cusack (no limite da caricatura) - especialmente o primeiro - e a fotografia do mexicano Patrick Murguia (Atraídos pelo Crime) - apesar do excesso de utilização de câmera de mão, que, ao meu ver, é usada em momentos inoportunos -, Sangue no Gelo funciona relativamente bem, comprova que, quando quer, Cage pode entregar uma boa atuação até mesmo em projetos medianos e que o diretor Scott Walker pode vir a surpreender positivamente no futuro.
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Obs.: Ignore a chamada em destaque do poster de Sangue no Gelo, na qual um jornalista o compara ao sublime Se7en - Os Sete Crimes Capitais, por que aí já é demais.
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