25 fevereiro, 2012

Rocky - Um Lutador (Rocky, EUA, 1976).

"Se puder aguentar até o fim, o gongo tocar e eu ainda estiver de pé, saberei, pela primeira vez na minha vida que não sou mais um boxeardozinho do bairro" (Rocky Balboa, na véspera do confronto contra Apollo Creed). 
"Adrian! Adrian!" (Rocky Balboa).
Rocky é muito mais um produto referência de uma época do que uma obra cinematográfica seminal. Clássico por fatores históricos e não tanto por mérito em termos de qualidade como cinema, o filme é o que se pode chamar de referência do otimismo e superação do povo norte-americano. Escrito e estrelado pelo até então desconhecido Sylvester Stallone (Rambo - Programado para Matar), Rocky causou furor na época de seu lançamento e fez escola, influenciando toda a indústria cinematográfico, para o bem ou para o mal. Apesar de ser narrativamente irregular - muitas vezes soa bobo e sem profundidade -, o filme compensa por seu clima envolvente, pela marcante trilha sonora de Bill Conti (quem não conhece Gonna Fly Now?) e pelo carisma do seu protagonista (Stallone), que apesar de não ser um intérprete de mão cheia, cria aqui o personagem mais "profundo" de sua carreira e confere a ele certo grau de complexidade que o tornou ícone do cinema mundial.

Adotado como queridinho pelo público americano - nada mais justo, por sinal, visto as frágeis condições sociais e econômicas passadas pela população do país -, Rocky alcançou um status maior do que suas qualidades como produto, chegando até mesmo a conquistar dois dos mais cobiçados prêmios Oscar, o de Melhor Filme e Direção, derrotando obras do porte de Taxi Driver, de Martin Scorsese e Todos os Homens do Presidente, de Alan J. Pakula, ambos superiores a Rocky, na minha opinião. John G. Avildsen, por exemplo, mostrou-se um diretor ligeiramente descartável, visto que, após a consagração com esse filme comandou apenas mais um filme digno de nota, Karatê Kid, que coincidentemente também carrega consigo o estigma de ser mais válido como registro de uma época do que como obra-prima da sétima arte.

Indubitavelmente Rocky é um clássico do cinema, um exemplar de pura emoção - como o personagem título, realizado entre suor e lágrimas -, entretanto seu lugar não é assim tão expressivo no cenário geral, visto que possui um valor simbólico muito maior do que um conteúdo apurado ou alguma contribuição de ordem técnica para a dramaturgia cinematográfica. Como disse acima, um filme certo para a época certa, mas certamente não o melhor do ano de 1976, apesar de ter sido ganhador da premiação máxima do cinema. 

AVALIAÇÃO:
Trailer:

Mais informações:

Texto sobre Rocky II - A Revanche (1979)
Texto sobre Rocky III - O Desafio Supremo (1982)
Texto sobre Rocky IV (1985)
Texto sobre Rocky V (1990)
Texto sobre Rocky Balboa (2006)

Rocky - Um Lutador
Bilheteria: Box Office Mojo

IMDb - Internet Movie Database:
Outros filmes de JOHN G. AVILDSEN comentados:

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