Integrante do projeto Cine Cesi Cultural no Interior, o filme infantil Eu e Meu Guarda Chuva, que marca a estreia na direção de Toni Vanzolini, é um filme bacana, criativo e inspirado, que vez ou outra deslumbra uma "nova" pegada para o gênero - no que se refere à Brasil -, mas que acaba sofrendo pelo fraco elenco infantil e, consequentemente, pela frágil direção de atores de Vanzolini. Vindo do departamento de arte de filmes como Eu, Tu, Eles e O Homem do Ano, o diretor estabelece um visual interessante e adequado ao filme, apostando muito nos tons azulados - que lembram um pouco a paleta de cores da franquia Harry Potter -, contribuindo para a efetividade do clima de suspense e aventura que a trama pede. No entanto, apesar destes cuidados e de contar com um elenco de apoio respeitável - com destaque para a caracterização do veterano Daniel Dantas (Sonhos Roubados), como o vilanesco Barão Von Staffen (que possui um visual parecido com o de Conde Olaf, do filme Desventuras em Série) -, o trio de protagonistas formado por Lucas Cotrim, Rafaela Victor e Victor Froiman (este principalmente) comprometem um pouco, visto que são raros os momentos de segurança e convencimento que esses passam.
Apesar deste detalhe, Eu e Meu Guarda Chuva tem tudo para agradar a criançada, especialmente àqueles que como eu - na minha infância - adora filmes com toques de mistério e aventura, onde a batalha contra os próprios medos apresentam-se como tema principal. Com um estilo que se encaixa em qualquer sessão da tarde, este filme adaptado da obra homônima escrita a seis mãos por Branco Mello (conhecido como vocalista dos Titãs), Hugo Possolo e Rico Lins é um bom produto para a criançada, com poder de imersão e bastantes elementos lúdicos, possui uma trilha sonora que lembra um pouco os temas de Danny Elfman feitos para os filmes de Tim Burton e um visual interessante, mesmo que este se sobressaia bem mais em relação as atuações. Enfim, o filme é bacana, mas particularmente senti mais emoção por estar cercado por algumas crianças que realmente mostravam-se fascinadas com a grande e mágica tela de cinema - muitas destas provavelmente tendo esta como primeira experiência - do que pelo filme em si, mesmo que esse não seja um trabalho ruim.
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