Woody Allen é Woody Allen, mas isso não quer dizer que toda manifestação existencial-filosófica do cineasta resulte em filmes excepcionais, como bem comprova o drama intimista Setembro. Apesar de ter uma premissa interessante, que lida com temas caros ao autor, como traição, dúvidas amorosas, relacionamentos familiares conturbados, mágoas e falta de rumo e direcionamento de vida, é certo que o desenvolvimento destes no contexto da trama fílmica é lento e um tanto superficial, tendo uma cara excessivamente teatral, mesmo que o trabalho de composição de Mia Farrow (Hannah e suas Irmãs) traga um pouco de luz ao cinza que se mostra Setembro.
Tecnicamente o filme não se mostra muito inspirado. Contando com o trabalho de figuras tarimbadas em obras de Allen, como o cinematógrafo Carlo Di Palma (Desconstruindo Harry), aparentemente não há grande inspiração na composição do filme, até por que o mesmo segue uma estrutura narrativa teatral, possuindo uma única locação - uma casa -, onde as personagens interagem. Porém, ao contrário de outras filmes que bebem bastante da narrativa teatral - como Quem Matou Virgínia Woolf?, de Mike Nichols ou Deus da Carnificina, de Roman Polanski -, Setembro não se mostra tão interessante, visualmente ou conceitualmente.
Acredito que até mesmo os mais fracos projetos de Woody Allen - como o fraquíssimo Melinda e Melinda, por exemplo - ainda possuem elementos atrelados que superam muitas obras lançadas periodicamente nos cinemas e certamente Setembro também carrega tais elementos, especialmente na apresentação de suas subjetividades e confabulações. Contudo, mesmo que o campo das ideais desperta algum interesse, como cinema a obra deixa um pouco a desejar, talvez devido a formatação teatral ou mesmo ao pouco frescor da trama (Ingmar Bergman já tratou bastante dos temas abraçados pelo filme), que discute muito nas entrelinhas, mas pouco (ou nada) sai do lugar.
Tecnicamente o filme não se mostra muito inspirado. Contando com o trabalho de figuras tarimbadas em obras de Allen, como o cinematógrafo Carlo Di Palma (Desconstruindo Harry), aparentemente não há grande inspiração na composição do filme, até por que o mesmo segue uma estrutura narrativa teatral, possuindo uma única locação - uma casa -, onde as personagens interagem. Porém, ao contrário de outras filmes que bebem bastante da narrativa teatral - como Quem Matou Virgínia Woolf?, de Mike Nichols ou Deus da Carnificina, de Roman Polanski -, Setembro não se mostra tão interessante, visualmente ou conceitualmente.
Acredito que até mesmo os mais fracos projetos de Woody Allen - como o fraquíssimo Melinda e Melinda, por exemplo - ainda possuem elementos atrelados que superam muitas obras lançadas periodicamente nos cinemas e certamente Setembro também carrega tais elementos, especialmente na apresentação de suas subjetividades e confabulações. Contudo, mesmo que o campo das ideais desperta algum interesse, como cinema a obra deixa um pouco a desejar, talvez devido a formatação teatral ou mesmo ao pouco frescor da trama (Ingmar Bergman já tratou bastante dos temas abraçados pelo filme), que discute muito nas entrelinhas, mas pouco (ou nada) sai do lugar.
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