26 julho, 2014

Divergente (Divergent, EUA, 2014).

"O que te faz diferente te faz perigoso" (Livre tradução da frase disposta no poster do filme).
Talvez a atual "estrutura" de adaptações de obras infantojuvenis não esteja surtindo um efeito tão positivo, até por que a aparência é de que não existe filtro, pois qualquer obra com "potencial" - especialmente literárias - são adaptadas para o cinema de forma imediata, sem qualquer tipo de filtro ou análise quanto a sua "relevância". Após versões praticamente instantâneas de títulos como Crepúsculo e Jogos Vorazes (esta sim bem interessante), eis que somos apresentados a mais uma obra de ficção juvenil com contornos de ficção científica e crítica social adaptada para a telona. Infelizmente, esta caiu no grupo das não felizes. Divergente, baseado em um best-seller (qual não é?) de Veronica Roth, adaptado por Evan Daugherty (Branca de Neve e o Caçador) e Vanessa Taylor (Um Divã para Dois) e dirigida por Neil Burger (O Ilusionista) é um filme bobo, dono de uma trama ao mesmo tempo rasa e confusa, que apresenta uma sociedade onde cada cidadão deve se adequar a uma casta específica (os mais destacados, os "audaciosos", são os mais estúpidos de todas), mas cujo sentido desta divisão (e como a sociedade chegou a este estágio de organização) nunca é esclarecido. Pensado como um primeiro capítulo de uma nova franquia teen, Divergente certamente garantiu suas sequências (parece que teremos mais uma "trilogia" de quatro filmes), mas sem tentar mostrar-se minimamente interessante. Decerto nem tudo é ruim no filme, porém os poucos acertos não a alçam ao patamar do razoável. No mais, é muita propaganda para pouca relevância. Uma pena.

★★

TRAILER
 
 

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