16 março, 2012

Imortais (Immortals, EUA, 2011).


É duro constantar quando um filme tem tudo para dar certo e mesmo assim dá errado. Imortais é um show estético, com um visual particular concebido pelo diretor indiano Tarsen Singh (A Cela) - claro, "levemente inspirado em 300" - e cheio de violência. Entretanto, é apenas isso que pode ser destacado como positivo. O roteiro do filme não é apenas risível em termos de fidelidade à mitologia, os diálogos e razão de ser apresentada no filme é fraquíssimo, sem profundidade, com os piores clichês do gênero  e com caracterizações sem personalidade, além da falta de carisma de parte do elenco.

Talvez os únicos dois atores que marcam sejam Henry Canvill (que será o novo Superman) e Mickey Rourke (Killshot - Tiro Certo), mas por motivos distintos. Enquanto Canvill mostra força, carisma e liderança através de seu Teseu, Rourke entra na onda "galhofa" do filme comandado por Singh e entrega uma interpretação caricata, exagerada e despretenciosa, mas extremamente afinada para com o clima de Imortais.

Pelo menos duas coisas Imortais deixa claro para a indústria cinematográfica: Tarsen Singh tem um senso visual apurado e particular, mas não sabe conduzir uma história, quiçá criar uma; e, após Fúria de Titãs, Conan e esse Imortais, fica mais do que claro que este estilo de épico hiperbólico, geração facebook, com ritmo de videoclipe e visual de video-game precisa ser rependado urgentemente. É óbvio que o espectador procura filmes com ótimos visuais, mas jamais em detrimento do conteúdo, aspecto este que infelizmente o filme não tem.

AVALIAÇÃO
TRAILER


Mais informações:

Imortais

Bilheteria: Box Office Mojo

IMDb - Internet Movie Database:

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