17 maio, 2012

Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia, ING/EUA, 1962).

Não há como negar que Lawrence da Arábia é um épico de mão cheia. Da larga duração (cerca de 3 horas e 38 minutos) aos imensos detalhes de sua produção, além do elenco magistral, ratificam este como um dos maiores épicos já feitos, sob o comando talvez maior diretor do gênero de todos os tempos, o inglês David Lean, que entregou além desta obras célebres como A Ponte do Rio Kwai e Doutor Jivago.

Desde sua abertura, onde de imediato vemos a morte do personagem título, em seguida  nos é mostrado seu funeral, onde Lean opta  por não posicionar o filme como uma cinebiografia totalmente fiel à jornada de T. S. Lawrence em território árabe, sendo sim posicionada como um misto de impressões distintas acerca do visionário soldado inglês - excelente sacada, por sinal - até seu encerramento carregado e cheio de momentos de tensão, onde Lawrence percebe e revê alguns pontos de vista e filosofia próprios, o filme éfoi e continua um grande espetáculo. Peter O' Toole (Venus) transpira paixão, perspicácia e carisma com seu Lawrence. Sir Alec Guinness (Star Wars - Episódio IV: Uma Nova Esperança), Anthony Quinn  -  com um nariz falso que o deixa quase irreconhecível - (Zorba, o Grego) e Omar Sharif (O 13º Guerreiro) desaparecem - no bom sentido - por trás das maquiagens e vestimentas de seus personagens, visto que todos estes interpretam árabes. Quanto a suas interpretações, estas não são menos do que geniais.

Vencedor de 7 prêmios Oscar, dentre eles os de direção e filme, o grande nome por trás do filme é, sem sombra de dúvidas, David Lean, que arma aqui um filme quase que completo em suas mais de 3 horas de duração, cheio de aventura, ação, bom humor e uma certa "fidelidade" (para os anos 1960, óbvio) para com a apresentação da cultura árabe. Como ponto negativo, talvez o fato de todos os personagens do filme, árabes ou não, dominarem com perfeição a língua inglesa, várias décadas antes do fenômeno intitulado como globalização. Para mim uma grande falha, mas que ao mesmo tempo caracteriza o filme com um produto de seu tempo: mais inocente e menos pessimista do que minha geração está acostumada.

AVALIAÇÃO:   




Trailer: 





Mais informações:
Bilheteria: Box Office Mojo

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